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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

 

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Fonte: Idalberto Chiavenato, Introdução à Teoria Geral da Administração, 7a. Edição

A Administração teve início, recebendo influência desde a antiguidade, dos filósofos gregos, Sócrates, que argumentava que a administração era uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico. Platão, expôs em sua obra, A República, a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. Aristóteles, no livro politica, que versa sobre a organização do Estado, distingue as três formas de administração pública:

1. Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania).

2. Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia).

3. Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia).

Francis Bacon, filósofo moderno, antecipou-se ao princípio conhecido em Administração como princípio da prevalência do principal sobre o acessório.

René Descartes, com o método cartesiano teve influência decisiva na Administração: a Administração Científica, as Teorias Clássica e Neoclássica tiveram muitos de seus princípios (Princípio da dúvida sistemática ou da evidência e Princípio da análise ou de decomposição), baseados na metodologia cartesiana.

Isaac Newton, com a tendência à exatidão e ao determinismo matemático.

René Descartes e Isaac Newton influenciaram profundamente a Administração.

Com o passar dos séculos a Igreja católica, influenciou a Administração com a sua hierarquia que consistia de um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assegurar integração.

Os militares influenciaram a Administração, criando um estado-maior (staff), para assessorar o comando (linha) militar. Os oficiais de assessoria (staff) cuidavam do planejamento e os de linha se incumbiam da execução das operações de guerra.

A revolução industrial, com a invenção da máquina a vapor, e sua posterior aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social, influenciando o pequeno artesão e sua pequena oficina patronal, a desaparecerem dando lugar aos operários e às fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho.

Durante a revolução industrial, a classe empresarial, explorava a classe trabalhadora, com salários baixíssimos e longas horas de trabalho, além de trabalharem juntos, mulheres, crianças e idosos, sem nenhum benefício e cuidado. Isto gerava uma baixa produtividade e uma alta rotatividade de trabalhadores, que se ausentavam do trabalho por doença. A partir destes problemas Taylor começou a efetuar o levantamento das horas trabalhadas e a média de salário, surgindo aí a Administração Científica, que se preocupava com a produtividade e otimização do trabalho, pelo chão de Fábrica.

Na mesma época, Fayol, começava com a Administração Clássica, que constituía em uma linha de comando rígida, representada por um organograma, onde a Administração Previa, Organizava, Comandava, Coordenava e Controlava, deixando clara a preocupação do topo para a base (o contrário da administração científica).

No século XX, com a abordagem humanística, a teoria Administrativa passa por uma revolução conceitual: a transferência da ênfase antes colocada na tarefa (pela Administração Científica) e na estrutura organizacional (pela Teoria Clássica) para a ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações. A Abordagem Humanística faz com que a preocupação com a máquina e com o método de trabalho e a preocupação com a organização formal e os princípios de Administração cedam prioridade para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais – dos aspectos técnicos e formais para os aspectos psicológicos e sociológicos.

No início da década de 1950, a teoria administrativa passou por um período de intensa remodelação.   A abordagem neoclássica seguiu a Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria Neoclássica representa a Teoria Clássica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas. Uma das transformações que houve foi manter o organograma e dividi-lo em níveis de planejamento: Estratégico, Tático e Operacional.

No século XXI a Administração continua evoluindo, hoje temos a tecnologia (Cibernética ou Informática), que alinhada à administração, através do compartilhamento do conhecimento e da participação do chão de fábrica, através de ações institucionais atingem os objetivos estratégicos.


Veja Também:

A Cibernetica dentro das organizações (Continuação da TGA)

A Informática e a Administração (Como o COBIT se relaciona com a Administração, Parte I)

A Informática e a Administração como parceiros (Como o COBIT se relaciona com a Administração, Parte II)

Administração ao longo dos anos (Conceito do Ser humano e abordagem, com a evolução das teorias administrativas)

A 6a. Onda (Como foram surgindo as Ondas, a partir da revolução Industrial)

A Nova Coerência das Organizações (As variáveis da Administração e os paradigmas)

A Conquista do Cliente


Grato,
Jefferson D. Garcia

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