É importante observarmos os problemas que estão acontecendo em sala
de aula, porque precisamos averiguar que capacitação
podemos oferecer aos professores de todas
as áreas para que os mesmos tornem as
suas aulas mais interessantes. As inovações tecnológicas estão aí
para facilitar as aulas dos docentes, basta saber utilizá-la
primeiro com eficiência, para que estudar não seja tão cansativo.
A seguir vamos mostrar uma tabela com as técnicas e tecnologias
disponíveis hoje para ministrar aulas:
TÉCNICA
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TECNOLOGIA
|
Apresentação
|
Quadro de giz
|
Semana
|
Retroprojetor
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Entrevista
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Flip chart
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Simpósio
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Mídia impressa
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Seminário
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Vídeo
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Painel
|
Fotografia digital
|
Workshop
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Internet
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Debate
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Software educacional
|
Fonte da Tabela: Apostila do programa
especial de formação pedagógica – COFOP – CEFET – PR –
Matéria: Dimensões da Ciência e da Tecnologia
Lembrando que nos dias atuais temos a possibilidade de trabalharmos
nas plataformas corporativas, como o Meet da Google onde podemos
dinamizar a nossa aula através do compartilhamento da tela e do chat
disponibilizado, além de podermos postar atividades com formulários
online para uma maior interação dos alunos, utilizando este recurso
como interdisciplinaridade para palestras de outras áreas para
enriquecer o conhecimento dos alunos e caminhar em direção à transformação digital. Lembrando
que nem todas as técnicas / tecnologias podem ser utilizadas em sala
de aula, e que tecnologias como software educacional, vídeos,
internet e fotografias digitais devem ser bem explorados. Sabemos que
muitas escolas têm sequer computadores, e neste caso, contam somente
com a criatividade do professor. A criatividade como o processo de
produzir alguma coisa que é ao mesmo tempo original e de valor, e
quase todos concordam que as pessoas criativas demonstram
produtividade criativa, produzindo invenções e inovações.
Parecemos ter melhor capacidade para evocar a informação quando
estamos no mesmo contexto físico em que aprendemos o conteúdo
(Goddem & Baddeley, 1975). Em um experimento, solicitava-se a 16
mergulhadores que aprendessem uma lista de 40 palavras não
relacionadas, no momento em que estivessem nas margens ou enquanto
estivessem a 20 pés abaixo do nível do mar. Posteriormente, eles
eram solicitados a evocar as palavras no mesmo ambiente em que haviam
aprendido ou no outro ambiente. A evocação era melhor quando
ocorria no mesmo local da aprendizagem. Vigotski nos seus estudos
sobre educação, percebeu que o ambiente social, as condições de
vida influenciam no aprendizado das crianças, ou seja, quando a
criança e ou o adulto vai para escola bem alimentado, tem uma
condição digna de vida, família bem consolidada, o aprendizado
acontece com mais facilidade, diferentes daqueles alunos com
vulnerabilidade social. Atualmente estão sendo feitos estudos sobre
o modo de aprendizagem das pessoas, que percebemos ser muito amplo
pois depende muito do meio social, do ambiente e de uma série de
fatores que estão para serem descobertos. O
objetivo deste texto é para que seja refletido a qualidade das
aulas e ações de desenvolvimento, que além de passar conhecimento, aprendizagem, seja também
interessante, pois um dos itens que mais aparecem nas enquetes é que
as aulas não são interessantes e as ações de desenvolvimento não são inovadoras e empreendedoras, e com toda a tecnologia disponível
vemos alguns professores transformar as suas aulas em show de
apresentação que trazem aprendizagem, não esquecendo que o uso de tecnologias digitais não é sinonimo de qualidade, mas podem contribuir na formação humana junto com o ambiente apropriado para o desenvolvimento do aprendizado.
Grato,
Jefferson D. Garcia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica. Educação Profissional:
Legislação básica. Curitiba: CEFET – PR, 1998.
BRASIL.
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do Brasil], Brasília, 1996.
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Brasil, DF: Senado, Brasília, 1988.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA , Eurides Brito da. Como
Entender e Aplicar a Nova LDB. São
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GODDEM,
D. R., & Baddeley, A. D. (1975). Context-Dependent
Memmory in Two Natural Environments: on Land and Underwater.
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ENGESTRÖM,
Y., Miettinem, R., Punamäki, R. (Eds.). Perspectives
on activity theory. New York: Cambridge
University Press, 1999.
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R. J. (2002). Psicologia Cognitiva. p. 332-333.